domingo, 7 de setembro de 2008

SESSÃO PÚBLICA- DEBATE


O DESEMPREGO NA REGIÃO, SEUS EFEITOS NA COMUNIDADE.
QUE ESTRATÉGIAS LOCAIS E NACIONAIS ?


PROGRAMA

Data - 20 de Setembro
Horário - 14h às 19,30
Local - AUDITORIO MUNICIPAL - CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA - PRAÇA 25 DE ABRIL


MESA


Jornalista – Ana Sá Lopes
Presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo - António Fonseca Ferreira
Presidente da Associação Industrial da Região Oeste - Ana Maria Pacheco
Directora do Centro de Emprego de Caldas da Rainha - Célia Roque
Coordenador da União de Sindicatos de Leiria –José Fernando Agostinho



A sessão será moderada pela Jornalista ANA SÁ LOPES, sendo a metodologia aberta - Cada elemento da mesa fará uma síntese inicial de 10 minutos, procurando-se que
a dinâmica seja dada pelos intervenientes presentes na Assembleia.
Dada a pertinência das questões colocadas, apelamos à mobilização e à intervenção de todos aos participantes.



TEMAS EM DEBATE:

- Análise da situação actual na Região das Caldas da Rainha de precariedade e desemprego e seus efeitos socio-económicos;

- Que recursos temos:
. materiais ?
. humanos ?
. culturais ?

- Temos água, temos Sol, temos terra, temos sonhos, temos massa crítica. Que fazer com estas potencialidades ?

- Como gerar e implementar sinergias criativas para o desenvolvimento racional dos recursos da região visando a obtenção do pleno emprego ? Que novos rumos ?

- Temos fundos comunitários. Que projectos para os rentabilizar ?

- Que papel nos é exigido como cidadãos, sociedade civil órgãos do Poder e Instituições cívicas e sociais ?



Caldas da Rainha, 28 de Agosto de 2OO8






O Grupo de Trabalho do Desemprego e a Comissão Executiva do Conselho de Cidade
DEBATE PÚBLICO SOBRE O TEMA: “O DESEMPREGO NA REGIÃO, SEUS EFEITOS NA COMUNIDADE .
QUE ESTRATÉGIAS LOCAIS E NACIONAIS ?”

O Conselho de Cidade das Caldas da Rainha - Associação para a Cidadania vai realizar, no próximo dia 20 de Setembro, uma Sessão Pública de debate sobre a grave situação actual de desemprego crescente, em várias áreas de actividade, que se vive no Concelho.
Apesar destes serem problemas que se vivem por todo o País (que atingem directa ou indirectamente milhares de famílias), a situação na região de Caldas, como é óbvio, interessa-nos em particular (desde o sector da cerâmica, da agricultura, do comércio, das pescas, do ensino, entre outros).

Em concreto, por exemplo, problemas como o da SECLA, da Bordalo Pinheiro e de empresas que ao longo destes últimos anos têm vindo a fechar, colocando no desemprego centenas de trabalhadores, sendo factor de pura e simples extinção de postos de trabalho, descartando a sua criatividade e larga experiência. Nestas condições os trabalhadores ou mudam de vida profissional ou simplesmente passam à inactividade, constituindo este facto um acrescido prejuízo, por se perder o saber (feito ao longo de muitos anos) e a transmissão deste a futuros profissionais.

O País e Caldas da Rainha ficam mais pobres pela riqueza económica e profissional que se perdem.

É um mundo em constante mudança, dirão, mas essas mudanças deverão proporcionar outras actividades, outros olhares, outros fazeres. E não a estagnação, o perder de saberes feitos, de mão-de-obra qualificada, de pessoas que já deram provas de competência em diferentes domínios. Uma região não sobrevive se não cuidar dos que nela querem trabalhar. O desemprego é mau a todos os níveis (económicos, sociais, culturais e emocionais). Precisamos de saber, sem véus, nem manhas políticas (de quem se esquece que existem mais pontos de vista que os seus) o que de facto se passa, de investigar e investir no que se pode fazer e definir de forma clara quais as alternativas.

Por outro lado, como em anterior comunicado já chamámos a atenção, o sector da cerâmica ao ser atingido, desta forma, nas Caldas, com a sua quase total destruição, põe em causa um dos principais pilares, raízes, da cidade, o que tem não só implicações graves, em termos económicos, locais e nacionais, como, também, contribui para a nossa progressiva descaracterização, pois está-se perdendo uma fundamental marca emblemática da nossa cidade, que afecta o nosso património cultural, com graves repercussões, também, no sector do turismo, já de si, igualmente, em crise.

Este Conselho de Cidade, como órgão de cidadania activa, considera fundamental que toda a comunidade se envolva numa análise destes fenómenos, tendo em vista encontrar alternativas visando o objectivo último do pleno emprego. E, coincidentemente com este propósito, não podemos ignorar o forte testemunho de resistência pelos legítimos direitos dos 13 trabalhadores "resistentes" da SECLA que não aceitam uma indemnização mitigada que a Administração da empresa lhes quer impôr, que lutam ainda pelos seus postos de trabalho, como, também, questionam a actual gestão empresarial e financeira da empresa.

Porque, também, não aceitamos pacificamente esta evolução negativa, este caminho considerado por alguns “inevitável” para o definhamento do nosso tecido socio-económico, consideramos que é através da reflexão (partindo da análise da situação actual) que, com criatividade e participação cívica, se poderão encontrar novos sinais de esperança.



Assim, vão estar em debate as seguintes questões:

- Porque a criatividade nasce das dificuldades, como fazer para não desperdiçar o potencial humano, artístico, histórico, cultural e económico que temos?

- Que alternativas temos de encontrar para melhorar a nossa qualidade de vida?

- Como têm sido e queremos que sejam utilizados os fundos comunitários?
empresários

- Como fomentar a convergência de esforços visando a satisfação dos justos anseios da comunidade sem o recurso à subsídio-dependência?

- Que estratégias para desenvolver as mais-valias económicas e sociais, as competências e saberes, optimizando todos os recursos?


Assim este Conselho de Cidade, convida os trabalhadores, os empresários, a população da região em geral, bem como todos os intervenientes das instituições da Administração Pública, cívicas e sociais para a sua participação activa neste importante sessão pública.

Porque também a si esta questão diz respeito, venha participar no debate dia 20 de Setembro. Não se demita de contribuir para um efectivo desenvolvimento da nossa sociedade. A sua participação é indispensável!



Caldas da Rainha, 28 de Agosto de 2008


Grupo de Trabalho do Desemprego